quarta-feira, 11 de junho de 2008

Casamento – Contrato ou Aliança?

Queremos demonstrar a indissolubilidade do casamento à luz da Bíblia.

Para isso precisamos demonstrar que o casamento não é um contrato mas sim uma aliança. Qual a diferença?

Um contrato se baseia no desempenho dos contratantes e pode ser dissolvido caso uma das partes não cumpra sua obrigações.

A aliança é um conceito diferente, desconhecido muitas vezes na nossa cultura ocidental. Significa pacto, acordo. Mas se diferencia do contrato pelo fato de ser baseado na honra dos estipulantes. Não se baseia no desempenho e nem pode ser revogado.

A Bíblia é melhor entendida se você compreende o significado de uma aliança, pois este é um conceito com o qual o povo de Deus estava familiarizado, bem como todos os povos orientais.

Desse modo, o termo ALIANÇA já era bem conhecido dos povos antigos.

Na tradução da Bíblia de João Ferreira de Almeida também é traduzida por testamento (Novo Testamento, Antigo Testamento), sendo muitas vezes selado com sangue (I Co 11:25; Hb 9:20)

A Bíblia enumera diversos tipos de aliança:
Entre nações - Js 9: 15
Entre indivíduos - Gn 26:28; 31:53; 1 Rs 11:4
Entre Deus e o homem - Hb 8:6-13; 9:15

Quebrar uma aliança era um pensamento inaceitável na cultura oriental pois as conseqüências da quebra de Aliança eram terríveis.

Além disso isso depunha contra o caráter e moral de quem quebrasse a aliança - o que era socialmente inaceitável.

Temos ouvido que até o presente, em certas culturas africanas e orientais, a quebra de aliança é vista como algo tão sórdido que a própria família persegue o quebrantador de aliança para matá-lo.

Israel faz uma aliança reprovada por Deus com os moradores de Gibeon, os gibeonitas, mas uma vez que a mesma tinha sido executada, Israel fica obrigado a honrá-la.

Os capítulos 9 e 10 do Livro de Josué relatam esta história.

É interessante esta situação pois tratava-se de uma aliança que Deus expressamente disse ao povo de Israel para evitar.

Uma vez porém que a aliança foi realizada, Israel estava obrigado a honrá-la.

Isto traz um paralelo importante ao assunto do casamento.

Pois muitos alegam que seu casamento não era da vontade de Deus e portanto sentem-se livres para se divorciar.

Veja abaixo as conseqüências da quebra desta aliança, séculos depois.

2 Sm 21:1-6 relata que Israel sofreu três anos de fome.

Nos dias de Davi houve uma fome de três anos consecutivos; pelo que Davi consultou ao Senhor; e o Senhor lhe disse: E por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas. Então o rei chamou os gibeonitas e falou com eles (ora, os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do restante dos amorreus; e os filhos de Israel tinham feito pacto com eles; porém Saul, no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá, procurou feri-los); 2 Samuel 21:1-2

Quando Davi consultou a Deus da razão desta maldição, Deus respondeu-lhe que era por causa da quebra da aliança com os gibeonitas por Saul.

Deus mesmo nos avisa na sua Palavra sobre a seriedade das alianças.

Deus avisa que irá destruir alguns homens que quebraram a aliança que feita com ele.

Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto, e não cumpriram as palavras do pacto que fizeram diante de mim com o bezerro que dividiram em duas partes, passando pelo meio das duas porções Jeremias 34:18

Era comum fazer-se uma aliança passando pelo meio das metades de um animal morto.

Deus aqui avisa que irá partir ao meio os que partiram a aliança.

E no casamento?

A Bíblia declara que o casamento é uma relação de aliança

Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. Ml 2:14

O Dicionário Bíblico de Strong define aliança (o termo no verso anterior) como:

Do hebraico berith: No sentido de cortar; uma compactação, junção (porque se faz passando entre pedaços de carne); confederação, liga.

E mais ainda.

Deus declara que detesta o divórcio:

Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis. Ml 2:16

A Igreja, tal como Jesus está de braços abertos para receber todos os que com humildade se convertem ao Senhor.

Mas precisamos voltar a ensinar estas verdades à Igreja para que este mal que hoje assola nossa sociedade não se perpetue, especialmente no Corpo de Cristo.

Como tratar a questao do divorcio na Igreja.

Não era assim há 25 anos atrás, nem tampouco há 10 anos.

Parece que de repente eu acordei de um sonho e a Igreja estava cheia de divorciados.

Pior – não eram só divorciados, mas também casados em segundas núpcias.

De repente, começaram a participar dos nossos cursos de família, divorciados e recasados.

Criou-se uma situação embaraçosa, porque eles chegavam ali com a impressão de que tudo estava normal e que iam aprender como manter o seu relacionamento (como diria Vinicius de Moraes: Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure)

E eles estavam ali. Prontos para aprender.

Assentados com a cara lisa. O que vamos ouvir?

Como vamos aprender a manter nosso casamento até o próximo divórcio.

Enquanto hoje no Brasil a taxa de divórcios é de aproximadamente 50%, entre casados uma segunda vez, o divórcio atinge 80% dos casos.

E o instrutor e sua esposa se contorcendo em dores. Como falar a verdade sem ferí-los?

A Igreja de repente estava cheia de pastores divorciados e casados segunda vez.
Uma leva de casais, mal vista em outras igrejas e denominações e por isso se sentindo preterida, inadequada, isolada.

E ali estava uma igreja que abria as portas para eles.

A Igreja não estava totalmente errada.

Jesus disse à mulher apanhada em flagrante adultério: -Onde estão os teus acusadores? ... Eu também não te condeno... Vai e não peques mais.

Jesus também conversou com a mulher samaritana – a que já tinha tido cinco maridos e agora estava com um sexto, que não era seu. Jesus se revelou a ela, às claras, não por enigmas ou parábolas. Mas disse: Eu o sou (o Messias), eu que falo contigo.

Não é extraordinário?

Severidade e graça.

Não que a atitude da Igreja de escancarar as portas esteja totalmente certa.

A graça e o perdão de Deus sempre estão disponíveis, mas é necessário arrependimento.

Ser crente no Senhor Jesus Cristo não é só aceitar uma doutrina, abraçar um credo, tomar uma decisão, levantar o braço e ir a frente no apelo e ter carteirinha da Igreja.
Antes de tudo é abandonar as obras mortas e produzir frutos dignos de arrependimento.

Um dos frutos dignos de arrependimento aguardados é a reconciliação com seu cônjuge.

Deste modo se uma pessoa se divorcia e se converte o comportamento esperado dela não é um novo casamento “com um crente”, mas a reconciliação com seu cônjuge.

É necessário interromper essa postura de orar para que Deus levante um novo marido ou uma nova esposa para os divorciados.

Precisamos orar por arrependimento, conversão, reconciliação.

Conforme ordem expressa de Jesus, relatada nas cartas de Paulo (não é Paulo que ordena, mas Jesus), o crente não deve se separar, mas caso a separação eventualmente aconteça, ele não deve jamais se casar com outra pessoa, mas sim procurar a reconciliação com seu cônjuge:

1Co 7:10-15 Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; (11) se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. (12) Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. (13) E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. (14) Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. (15) Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz.

Observe que se separar do cônjuge nunca deve partir do crente – esta é uma atitude típica dos incrédulos.
Caso isto aconteça, neste caso o irmão ou irmã, está livre da obrigação – mas fique sem casar, como orienta o verso 10.

O que fazer com os divorciados?

Ensina-los que o divórcio é abominável ao Senhor. Deus detesta o divórcio.
Mal 2:16 Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel...

Levá-los ao arrependimento por terem se divorciado.

Levá-los ao arrependimento pelas brigas e discussões – coisa que não convém aos santos
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. (Ef 4:30-32)

Levá-los ao arrependimento por uma segunda união, a qual é adultério:

Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério. (Mat 5:32)
Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, e casar com outra, comete adultério; [e o que casar com a repudiada também comete adultério.] (Mat 19:9)

Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério. (Mar 10:11-12)

Levá-los a reconhecer que Deus não os dirigiu a se separar do seu cônjuge. Deus também não os dirigiu a se casar uma segunda vez.
  • Deus não é Deus de confusão. Ele não permite, segundo as Escrituras, divórcio e um segundo casamento.
  • Se a pessoa diz que reconhece o seu pecado, este é um bom indício de arrependimento. Mas se ela insiste, dizendo que Deus a dirigiu a se separar, ou Deus a orientou a se casar uma segunda vez, isto é pecado e falta de arrependimento.

    Há uma multidão de gente sincera, arrependida, vítima dos mais desastrados desencontros familiares, hoje na Igreja. Gente que entendeu, se arrependeu, mas a vida já estava tão complicada – já havia um nó cego – não dava para desfazer.

    E hoje eles chegam humildes, quebrantados. Ao que muito foi perdoado, muito amará.

    Por isso essas pessoas muitas vezes são mais dedicadas do que aqueles que nunca passaram por uma crise conjugal.

    Ali estão elas dispostas a trabalhar, dinâmicas, decididas, arrependidas.

    O que fazer com elas?

    Bem eles podem trabalhar na obra de Deus. Podem sentir o encargo, mas não possuir o cargo.
    De certa forma elas serão penalizadas por escolhas erradas que fizeram no passado – escolheram quebrar a aliança do casamento – Deus perdoa, mas elas são mal vistas sob o aspecto de testemunho pessoal e não devem possuir cargos na Igreja, nem de diácono, presbítero ou pastor.

    · É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); (1Ti 3:2-5)

    · Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. (1Ti 3:12)


    A Palavra é clara – se uma pessoa não consegue administrar sua própria casa (e isto inclui os filhos), como cuidará da Igreja de Deus?

    Aliás, diga-se de passagem: uma pessoa convertida, nunca deveria votar em alguém divorciado, pois se alguém não consegue administrar sua própria casa, como administrará uma cidade, estado ou país?

    O governo da Igreja é mais importante que o governo da nação. Desse modo um pastor que ignora a Palavra de Deus na questão de divórcio e segundo casamento, permitindo ou aprovando relações ilícitas, também não deve preservar sua posição de Pastor por muito tempo.

    Deus não se agrada desta postura.

    Normalmente encontramos pastores assim, que querem ver “sua” igreja (e não Sua Igreja) crescer a qualquer custo e estão dispostos a abrir mão de princípios bíblicos e morais em troca de um crescimento fácil.

    É fácil entender a lógica (na mente pastoral): se eu pregar contra o divórcio quarenta pessoas vão embora (e elas contribuem financeiramente – e elas são o testemunho do meu sucesso como pastor – como minha igreja cresceu rápido).

    Elas irão para outra igreja que não prega contra o divórcio (e isso vai me fazer sentir mal – a minha igreja vai diminuir de tamanho – as ofertas e dízimos vão diminuir e o meu prestígio pessoal como pastor de uma grande igreja vai diminuir).

    A quem estamos servindo. A nós mesmos?

    Exercemos nosso ministério para agradar a Deus ou aos homens, incluindo nós mesmos?

    Pregamos o evangelho e somos pastores por vocação ou profissão.
    Medimos nosso desempenho por números ou pela comunhão com Deus que advém da obediência?

    Jesus mandou um recado para todos os pastores que perderam o amor a Deus... A Igreja é o candeeiro. Arrependa-se antes que Deus o tire do pastorado.

    Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres. (Ap 2:5)

A PRATA

Tira da prata a escória, e sairá um vaso para o fundidor. Pv 25:4

Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça. Ml 3:3

Havia um grupo de mulheres em um estudo bíblico do livro de Malaquias,

Quando elas leram capítulo 3 – versículo 3, ficaram sem entender:

“Ele assentar-se-á como fundidor e purificador de prata..,"

Esse versículo deixou-as intrigadas e elas se perguntaram o que esta afirmação significava quanto ao caráter de Deus.

Uma das mulheres se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento da prata, e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico.

Naquela semana, esta mulher ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assistir seu trabalho.

Ela não mencionou a razão de seu interesse na prata, nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento da mesma.

Enquanto ela o observava, ele mantinha um pedaço de prata sobre o fogo, e deixava-o aquecer.

Ele explicou que no refinamento da prata, devia-se manter a prata no meio do fogo, onde as chamas eram mais quentes, de forma a queimar todas as impurezas.

A mulher pensou em Deus, mantendo-nos num lugar tão quente e difícil.

Depois, ela pensou sobre o versículo novamente, que “Ele se assenta como um fundidor e purificador de prata...”

Ela perguntou ao ourives, se era verdade que ele tinha que se assentar em frente ao fogo o tempo todo em que a prata estivesse sendo refinada.

O homem respondeu que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos nela o tempo inteiro porque tempo em demasia (com demora) nas chamas, ela seria destruída.

A mulher silenciou por um instante.

Depois perguntou: “Como você sabe quando a prata está completamente refinada?
Ele sorriu e respondeu: “ah, é fácil – QUANDO EU VEJO A MINHA IMAGEM NELA”.

q Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. (2Co 3:18)

Pureza de Motivações

Jacó fugiu para o campo de Arã, e Israel serviu por uma mulher, sim, por uma mulher guardou o gado. Os 12:12

A Igreja do Brasil cresce. Eu deveria estar muito contente e estou mas isso não me cerra os olhos para deixar de ver muitos deslizes cometidos aqui e acolá.

Macunaíma foi retratado como o herói brasileiro, o herói sem nenhum caráter.

Temo que essa característica nacional esteja contaminando ou já tenha contaminado há muito nossas igrejas.

Me lembro de 25 anos atrás, quando minha esposa tomava conta da Banca da Bíblia do Desafio Jovem, um senhor se aproximou. Falava mal, parecia pouco instruído, era carrancudo, maldizente, destoando das pessoas que frequentavam normalmente aquele lugar. Pela sua conversação pude observar que ele não expressava muito dos frutos do Espírito, em outras palavras, era bem carnal.

Soube que era faxineiro num prédio ao lado. Andava sempre bravo, furioso. Um dia nos disse: "Não vejo a hora de sair daquela igreja para abrir também a minha"

No Brasil, há alguns anos, comprava-se linhas telefônicas. Podia-se pagar três mil dólares, as vezes mais, por um telefone. Deixava-se telefone de herança, fazia-se declaração de imposto de renda e declarava-se a linha telefônica como um bem.

Hoje isso perdeu o sentido, é fácil ter um telefone.

Mas certas igrejas no Brasil são tratadas também como propriedade particular. Não sei se são declaradas no Imposto de Renda, mas que passam para os herdeiros, isso passam.

também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita. (2Pe 2:3)

Na realidade o Brasil inaugurou a era do franchising na Igreja. Sim, há Igrejas que são quase como franquias, McDonalds espirituais, em que você recebe fast food padronizado, saboroso (o sabor nem varia, em todo o lugar até o tom de voz dos pregadores é o mesmo), nutritivo para os famintos, mas pouco saudável a longo prazo.

Porque se faz isso?

Nós, todos os crentes, passaremos pelo Tribunal de Cristo. Jesus vai olhar para nós. Eu temo e tremo.

Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal. (2Co 5:10)

Ou você acha que vai ter jeitinho.
Quando leio que Jacó guardou o rebanho por uma mulher, questiono minhas próprias motivações. Porque faço o que faço? Cuido dos meus interesses ou dos de Cristo?
Faço-o por obediência, consciência do chamado ou torpe ganância?

Felizmente, penso estar obedecendo ao Senhor. Mas não me dou por justificado.

Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós, ou por qualquer tribunal humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo. Porque, embora em nada me sinta culpado, nem por isso sou justificado; pois quem me julga é o Senhor. (1Co 4:3-4)

Somos chamados não só a pastorear o rebanho de Deus, mas a fazê-lo com motivações corretas
Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória. (1Pe 5:2-4)

Deus nos ajude a sermos encontrados fiéis, naquele dia.

Ser (crente) Brasileiro e suas implicações

Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. Isa 6:6 -8

Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Brasil. O último nome devido a existir na época grande quantidade de uma árvore de madeira cor de brasa, que tinha diversas aplicações para a época, inclusive como corante de tecidos. O pau Brasil, Ceasalpinea echinata, familia Caeasapinaecea, foi à árvore que deu nome ao Brasil e também o primeiro vegetal explorado de forma biopirata do nosso País, já que saia praticamente de graça e/ou a base de troca por quinquilharias com os indígenas que habitavam a região de sua ocorrência natural.
Todos nós aprendemos sobre isso na escola, a origem do nome Brasil.
Chamo a atenção para o fato de que na Bíblia, as pessoas costumavam ser chamadas pela primeira impressão que davam ou pelo que pareciam ou seriam, tais como Abrão e Abraão (Pai elevado e Pai de uma Multidão), Edom (vermelho), Jacó (suplantador), Israel (aquele que luta com Deus ou príncipe de Deus), etc.

Quando fomos descobertos por Portugal, quando recebemos um nome, também recebemos uma vocação profética.

Ilha de Vera Cruz isto é, Ilha da verdadeira cruz – não é verdade que estamos dispostos a “levar a cruz até por uma coroa a trocar”

Terra de Santa Cruz – é fato – sentimos o desejo de uma vida de santidade aos pés da cruz.
Brasil – cor de brasa – também é verdade – tirados do fogo para tocar o mundo com o Evangelho. Quando Deus pergunta, a Igreja brasileira responde: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Embora muitas vezes não nos demos conta disso, vivemos um vigoroso avivamento.
Temos muitos problemas é verdade, mas milhões de pessoas se convertem a Evangelho, milhares de Igrejas são implantadas a cada ano, centenas de milhares de ministros são chamados por Deus.

Isso é bom.

Tem seu lado ruim. É difícil manter a casa limpa no meio de uma reforma ou construção.

Vivemos no meio desse conflito de querer a casa limpa e a construção ainda não estar pronta. Quem já reformou a casa sabe do que estou falando.

Somos como os crentes de Antioquia. Somos missionários e nem sabemos.

At 11:20-21 Havia, porém, entre eles alguns cíprios e cirenenses, os quais, entrando em Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. (21) E a mão do Senhor era com eles, e grande número creu e se converteu ao Senhor.

Foram os crentes de Antioquia que primeiro pregaram aos gregos.

A Igreja brasileira está evangelizando o mundo, não de uma forma muito organizada, é verdade – tudo sai no jeitinho – a conhecida flexibilidade brasileira.

O Evangelho supostamente se espalhou pela perseguição em Jerusalém. Nós também nos espalhamos supostamente pelas dificuldades econômicas do Brasil, a violência, o desemprego.
e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; (At 17:26)

Mas na realidade Deus nos criou como nação, para abençoar o mundo com o Evangelho.

Temos todas as “raças de homens” – Deus já criou as condições para que soubéssemos viver em harmonia racial, em tolerância. Fomos ensinados a isso.

Deus estabeleceu nossos limites geográficos e o que era para ser delimitado pelo Tratado de Tordesilhas, pela curiosidade e espírito conquistador (manifesto nas Bandeiras – aquelas excursões dos paulistas à busca de ouro, esmeraldas, etc), se expandiu, alcançando novos limites.
Não podemos fazer o que fizeram nossos antepassados ou predecessores no Brasil: trocar nossa riqueza por quinquilharias.

O Brasil quase perdeu o pau-brasil, símbolo de sua identidade.

A Igreja brasileira tem muito a oferecer.

Somos desorganizados, mas somos dinâmicos e espontâneos.

O brasileiro é bem quisto em todas as partes do mundo, se adapta bem a todas as culturas, é alegre e descontraído, vive um evangelho prático.

E está pregando por aí, mundo afora, sem salário da Igreja ou missão, sem apoio, financeiro, apenas por chamada de Deus, por vocação profética.

A ADHONEP veio para o Brasil e explodiu. A Jocum, idem, Casados para Sempre e Veredas Antigas também.

Já dizia Pero Vaz de Caminha:

Até agora não pudemos ver se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muitos bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora assim os achávamos como os de lá. (As águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!"

Mas com tantas coisas boas, em algumas coisas precisamos melhorar:

Precisamos, como Igrejas organizadas patrocinar missões:

O missionário brasileiro vive quase sempre em grandes apertos financeiros.

Paulo ficaria espantado. Somos um exército que envia soldados (ou não os envia – eles vão) à guerra às suas próprias custas.

Não é isso o que advoga a Palavra de Deus:

Não temos nós direito de comer e de beber? Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? (1Co 9:4-7)

Para dizer a verdade são poucos os pastores que vivem do ministério o que também é um erro.
Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. (1Co 9:13-14)

Há muitos anos, de inúmeras formas, uma profecia tem corrido o país, e se reproduzido por meio de muitos profetas de Deus:

“O Brasil é um celeiro de missionários”

Fomos chamados a isso. Façamos do Brasil, pátria amada, mas outra é nossa pátria, a celestial.

Não façamos do Brasil uma pátria idolatrada.

Saiamos do nosso arraial, das nossas Igrejas quentinhas como um braseiro e vamos tocar o mundo e purifica-lo pelo Evangelho.

Cumpramos nosso chamado e vocação profética. O trecho a seguir resume tudo o que foi dito:
Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura. (Heb 13:12-14)

Ministério e Novo Casamento

Hoje fui a uma Igreja muito boa.

Abençoadíssima. Muitos jovens entregando a vida a Cristo.

Gente fervorosa, comprometida.

Pregação profunda, Palavra mesmo e não esquemas de manipulação de massas.

Conversa vai, conversa vem - sobre a obra de Deus, o ensino de Deus sobre casamento, aliança, etc - a esposa do Pastor nos diz era separada quando se converteu.

Eu podia ficar calado sobre este assunto - nem sou membro desta igreja.

Mas vou falar, ou melhor escrever.

Fui convidado para pregar numa celebração de 60 anos de casamento. Não vou poder ir - já tinha outro compromisso agendado.

Mas sinto pena por não ir. Sinto a dor de não encontrar mais exemplos como este.

Também sinto pelo jovem Pastor e sua jovem esposa, que mencionei - já era separada antes de se converter.

Sinto a sua dor.

Mas ou a Bíblia é Palavra de Deus ou é uma mera palavra.

Podemos achar que algumas coisas são culturais, mudaram com o tempo, mas creio que isto não se aplica a questão do casamento.

O que me dificulta o entendimento é que estas pessoas parecem ser as mais produtivas no Reino de Deus.

Talvez seja por virem com o coração tão quebrantadas pela graça e perdão encontrados na cruz. A quem muito foi perdoado muito amará.

As vezes as pessoas "mais normais", mais certinhas, da classe média, boas pagadoras de impostos, tão cheias de justiça própria, não avaliem corretamente o tamanho da dívida paga por Jesus.

Talvez por isso não o amem tanto. Talvez por isso não se arrisquem tanto por esse Jesus que por nós morreu,

Mas pessoas como estas, como Jim Stiers (ex-diretor da Jocum - autor do livro "Além das Possibilidades" - um grande homem de Deus), também divorciado e casado uma segunda vez, fazem uma grande diferença no Reino de Deus.

Graças a Deus por pessoas assim.

Mas deixemos a Palavra de Deus ser a Palavra de Deus:

É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; 1 Tm 3:2

Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. 1 Tm 3:12

alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes. Tt 1:6

É melhor obedecer que sacrificar.

Samuel, porém, disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros 1 Samuel 15:22

Deste modo devemos dar sempre oportunidade destes queridos irmãos servirem ao Senhor com seus talentos mas não colocá-los em posição de destaque no ministério.

O mesmo princípio vale para os neófitos. Não se deve consagrá-los ao santo ministério da Palavra.

Em ambos os casos a quebra destes princípios significa sacrificar o crescimento sadio da Igreja.

Este tipo de ensino tem sido cada vez mais rejeitado. Não é um ensino popular. E por isso muitos púlpitos estão fechados a esta palavra.

Desejamos agradar ao Senhor e não aos homens.

Quem vos ouve, a mim me ouve; e quem vos rejeita, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou. Lc 10:16

Paternidade de Deus

Durante muitos anos tenho convivido com duas imagens conflitantes na minha mente a respeito da Paternidade de Deus.
A primeira me é apresentada pela Palavra de Deus e me mostra um Pai amoroso, receptivo, que nunca me abandonará.
A outra imagem existe na minha mente, fruto da minha própria experiência com meu pai terreno, meu conhecimento da paternidade imperfeita existente no mundo, em cada família e finalmente da minha própria consciência como pai.
Ao longo dos anos muitas vezes me senti com o coração vazio de fé, incerto sobre o futuro, incapaz de tomar decisões arriscadas. Eu lia a respeito do cuidado de Deus Pai, mas embora eu entendesse racionalmente cada palavra a respeito do amor e bondade de Deus como pai, dificilmente eu conseguia crer - meu coração não colaborava.
As imagens eram tão conflitantes. Meu pai é um excelente pai, mas como todos os pais, também falhou e eu como pai também falho. Então era como se eu entendesse a Paternidade de Deus através das lentes da minha própria experiência de paternidade imperfeita, adquirida através da vida.
Era como montar um quebra-cabeças com a tampa trocada. Você sabe: quando se compra um quebra-cabeças, na tampa da caixa, vem a imagem do que vai ser montado - uma paisagem, um navio, ou seja o que for.
Era como se eu tivesse nas mãos as peças do quebra-cabeças - cada citação da Bíblia que revela o amor, a bondade, a graça de Deus Pai, o Pai das luzes, aquele de quem Jesus disse: " a ninguém chameis vosso Pai..." (no sentido de se vangloriar de sua origem), aquele a quem Jesus orou: "Pai nosso..." - e são tantas referências a esse amor e comunhão.
Mas sabe, eu tinha as peças do quebra-cabeças, mas eu tentava montar o conjunto tendo como roteiro a tampa da caixa (a minha imagem de paternidade humana imperfeita).
Nos últimos anos tenho participado ativamente de um curso chamado Veredas Antigas - é um curso bíblico, na área de relacionamento, maravilhoso. Muitas famílias tem sido restauradas por intermédio do ensino da Palavra ali ministrado.
Um dos objetivos do curso é restaurar a verdadeira imagem de Deus. O diabo, nosso inimigo tem investido pesado em destruir a família, porque ele sabe que destruindo a imagem do pai, destruirá uma figura que temos do cuidado e amor de Deus.
Eu também tenho sido restaurado. Joguei fora a tampa da caixa - a imagem imperfeita da paternidade humana - e tenho conhecido mais desse amor que nunca me abandona.
Hoje monto o quebra-cabeça da revelação do amor de Deus, quero conhecê-lo mais, sem consultar minhas referências mentais, mas sim a Palavra de Deus unicamente.
Isso tem me transformado. Sinto mais confiança em Deus, pois sinto o seu amor. Já não sou um homem de coração dobre, inconstante nos caminhos (é lógico que eu era assim - eu tinha uma imagem alternada de Pai no meu coração - as vezes Pai infalível, às vezes pai falho). A versão em português da e-sword diz:
Tg 1:8 homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos
Hoje posso entender (não apenas com a mente, mas sentir em meu coração) o Salmo 23: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
É claro que nada me faltará - estou convencido desse amor insuperável - o de Deus.
E 1 Jo 5:5 e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido.
Hoje sinto esse amor infalível.
Jogue fora a tampa da caixa também. Não associe Deus Pai à imagem de paternidade imperfeita que as circunstâncias da vida lhe passaram. Creia no que Jesus disse. Você também pode chamá-lo: Abba - Paizinho.
Deus te abençoe.

É preciso investir nas pessoas

Disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas consagradas que se trouxer à casa do Senhor, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente para a casa do Senhor, recebam-no os sacerdotes, cada um dos seus conhecidos, e reparem os estragos da casa, todo estrago que se achar nela. 2Rs 12:4-5

Passou o tempo de edificar templos?

Faço esta pergunta. Não afirmo.
Do jeito que vão os alugueis, o sacrifício financeiro da Igreja é muito elevado. Não dá para pagar aluguel para sempre.
Melhor comprar um terreno, construir aos poucos, com os próprios irmãos ajudando no fim de semana. A não ser que todos possam dispor de recursos para contratar a construção por terceiros.

Mas não somos nós o templo do Espírito Santo?

Porque não investir em pessoas? Porque não reparar “os estragos da casa”, a qual somos nós?

Quantas pessoas estão dentro dos templos, com os corações fragmentados, a alma aflita, os sentimentos embotados pelas incongruências da vida.

Não é a tarefa principal da Igreja continuar o que Jesus fez?

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo. (Jo 17:18)

E o que Jesus fez?

O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado. (Isa 61:1-3)

É necessário restaurar os contritos, os quebrantados de coração. ´E necessário consolar os tristes.

O longo dos anos temos visto na Igreja do Brasil muitos movimentos. Posso citar alguns:

Houve um saudável movimento, inicialmente movido pela ADHONEP, no sentido de alcançar uma parcela de população que não era alcançada pela Igreja, a saber a classe média alta e rica.
Hoje muitas Igrejas possuem trabalhos específicos no sentido de alcançar industriais, empresários, profissionais liberais, etc.
Houve também um grande mover do Espírito Santo para levantar vocações ministeriais. Isso provocou uma multiplicação de Igrejas independentes, às vezes inúmeras igrejas na mesma rua, a poucas centenas de metros umas das outras.

Se você me perguntasse: É hoje o tempo da ADHONEP? Eu não saberia te responder, mas depois de ter trabalhado cerca de 10 anos ao lado deste abençoado ministério, para mim, pessoalmente, não é mais o tempo. Muitas Igrejas já fazem esse tipo de trabalho hoje, não com a qualidade da ADHONEP, mas fazem.

Assim como passou o tempo do denominacionalismo e assistimos uma multiplicação de pequenas igrejas independentes, se você me perguntasse hoje: É tempo de implantar novas Igrejas?
Eu lhe responderia, com o coração apertado, mas com convicção: Para mim não é o tempo. Eu amei implantar uma Igreja. Foi uma das maiores experiências espirituais que tive. Mas passou o tempo. Não é para isso que Deus me chama hoje.

Passo na Avenida aqui perto de casa e vejo colegas pastores de Igrejas pequenas lutando pela fé, semana após semana, ano após ano, com congregações pequenas, sem muito compromisso. Esses amados se dividem entre profissão, família, ministério, com o tempo e o dinheiro apertado, se sacrificando até as últimas...

Na maioria das vezes não tem amigos no ministério e são desconfiados com todos: não é para menos... Já foram tão machucados. E suas famílias então – que preço pagam!!!

Existem diversos movimentos rolando ao mesmo tempo na Igreja: células e tantas coisas.

Não quero me deter na forma ou nos métodos mas quero chamar a atenção para o seguinte:

Quero falar aos pastores

Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso é tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica desolada? Ora pois, assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos. Tendes semeado muito, e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para o meter num saco furado. Assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos. Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me deleitarei, e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor dos exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis, cada um de vós, à sua própria casa. (Ag 1:3-9)

Colocando no contexto dos dias atuais.

Nós não adoramos em um templo específico, mas devemos adorar em espírito e verdade. Logo o templo perdeu sua importância.
O importante é o templo do Espírito Santo, cada crente no Senhor Jesus Cristo.

Sabe porque seu ministério não frutifica, não deslancha?

Porque você está correndo atrás de seus próprios sonhos de grandeza, da “sua igreja”, do “seu templo (edifício, prédio, salão de culto)”, enquanto a casa do Senhor (o templo do Espírito Santo, cada crente) fica em ruínas.

Vidas devastadas, famílias arrebentadas, divórcio a torto e a direito. Estará Deus satisfeito?

Não

O mover de Deus agora não é outro senão reconstruir a família, curar os quebrantados de coração, reconciliar.

... e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição. (Mal 4:6)

Precisamos de reconciliação, na Igreja, na família.

Precisamos pedir perdão pelas Igrejas divididas, pelos divórcios, pelos filhos e esposas esquecidos, feridos, magoados, trocados por carreira, ministério – até por outras esposas.

Você pode pregar contra isso.

Você pode pedir perdão à sua esposa e filhos. Eu fiz isso.

Se você quiser, e sua Igreja priorizar, invista nas pessoas – envie-as para Retiros, Encontros de Casais, Seminários de Família, etc.

Chame pastores como Silmar Coelho, José Ribeiro, Juliano e outros para pregar e ensinar na sua Igreja – pastores da família.

Qualquer Igreja tem acesso hoje aos melhores cursos de família do Brasil, uma obra fantástica de Deus:
Casados para Sempre
One – Curso de Noivos
Veredas Antigas
Educação de Filhos à maneira de Deus
Corte
Crown – Ensinando os princípios financeiros de Deus ao povo de Deus.

Isso tudo está acessível, aos pastores e igrejas – material excelente, treinamento e tudo o mais através da Associação Nova Shalom (Universidade da Família – www.udf.org.br ).

Pastor: Dê um presente para você mesmo, sua família e sua Igreja. Faça o Curso Veredas Antigas e depois faça os outros. Leve-os para sua Igreja. Ela vai agradecer.

Igreja: dê um presente ao seu pastor. Pague as despesas para ele e sua esposa e filhos fazerem o curso Veredas Antigas lá em Pompéia – SP. Ou em outro lugar do Brasil.

Você vai me agradecer o conselho.

E vai agradecer a Deus pelos resultados.

Pastor Mario