domingo, 16 de agosto de 2009

Carta aos Romanos Copyright © 57 DC Apóstolo Paulo

A Epístola aos Romanos, também conhecida apenas como Romanos, é como é conhecida a epístola de Paulo aos romanos. Como a própria epístola nos mostra no seu capítulo I e no verso 1, Paulo é o escritor.

A epístola aos romanos foi escrita, provavelmente, em 57 d.C., na cidade de Corinto, Grécia, pouco antes da visita do apóstolo a Jerusalém.

A carta tinha por objetivo corrigir interpretações a respeito de sua pregação levadas à comunidade de Roma provavelmente por judeus ou cristãos judaizantes.

Foi lendo esta carta que Martinho Lutero foi tocado pela mensagem da salvação gratuita, fazendo-o insurgir-se contra a venda de indulgências que se disseminava entre a classe eclesiástica de então. Em Romanos 1:17 lê-se: "Porque nele se descobre a justiça de Deus de em fé, como está escrito: Mas o Justo viverá da fé".

Segundo esta epístola, a salvação que Deus proporciona à humanidade é dada gratuitamente através do sacrifício de seu Filho Jesus Cristo, na cruz do Calvário.

Em toda a epístola, Paulo tenta mostrar aos cristãos romanos e também aos judeus que a salvação é somente pela fé em Jesus Cristo, e não em uma religião, nem em uma nacionalidade, nem em qualquer obra do homem. Somente Jesus Cristo salva. E — Paulo afirma — é somente a fé em Cristo que salva o ímpio da ira de Deus, ira essa a que Paulo se refere no capítulo I e no verso 18.

O estudo deste livro é considerado pelos cristãos necessário para compreensão espiritual e também para compreensão da graça redentora de Deus.

O livro de Romanos é uma das mais ricas e difíceis epístolas de Paulo. Ela mostra claramente o problema do pecado e a única solução: a graça de Deus através de Jesus Cristo. Paulo argumenta eficazmente que ninguém será salvo por obediência à lei doVelho Testamento. A salvação é pela fé em Cristo somente.


Fonte: Wikipedia


Foi lendo esta carta que Martinho Lutero foi tocado pela mensagem da salvação gratuita, fazendo-o insurgir-se contra a venda de indulgências que se disseminava entre a classe eclesiástica de então. Em Romanos 1:17 lê-se: "Porque nele se descobre a justiça de Deus de em fé, como está escrito: Mas o Justo viverá da fé".


Outro dia li uma frase muito interessante:

No início, a igreja era um grupo de homens centrados no Cristo vivo. Então, a igreja chegou à Grécia e tornou-se uma filosofia.Depois, chegou à Roma e tornou-se uma instituição.
Em seguida, à Europa e tornou-se uma cultura.E, finalmente, chegou à América e tornou-se um negócio.

Richard Halverson


E no Brasil a Igreja tornou-se um circo, ou uma salada.


Mas o que eu quero enfatizar é como fazemos Igreja de uma forma tao associada a nossa cultura, o que nao tem nada a ver com a Igreja primitiva.

Nao quero dizer que seja antibiblico, mas é extrabiblico. Pode ser bom, cultural, etnico, adequado ou mau, pecaminoso ou até mesmo neutro.

Quando me converti ao Evangelho ha trinta anos atras, engoli a Biblia. E isso me trouxe alguns problemas.

Acreditei na minha ingenuidade que a Igreja atual vivia como a Igreja primitiva. Deus falava comigo, ao meu coracao e pensei que falava com todos.

Aos poucos fui descobrindo que a estrutura organizacional da Igreja (e era uma Igreja bem organizada) se sobrepunha ao que a Biblia dizia. O Manual da Igreja (essa Igreja tinha um manual) me lembrava aquele verso:


E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição Marcos 7:9


Depois de algum tempo, entristecido acabei por mudar de Igreja.


O que eu quero chamar a atencao é que aprendemos dos nossos antecessores a fazer Igreja de um jeito mas nao paramos para pensar como ela deve funcionar biblicamente.


Por exemplo:

Muitos dizem que a Igreja nao deveria se reunir em templos mas em casas. Nao creio que isso seja realmente um problema.

Qual a diferenca entre um salao de hotel e um galpao (templo). O galpao esta sempre disponivel se o alugamos ou compramos ou construimos.

Durante muitos meses cultuamos a Deus num terreno e num quintal, mas oravamos para nao chover. E Deus nos ouviu mesmo no inverno de Pernambuco.

Há coisas que num determinado contexto sao neutras, outras boas, outras más.


Quando observamos como a Igreja funciona hoje vemos que muito do espirito comercial americano foi embutido no nosso modo de fazer Igreja:

Antigamente show evangelico era para mim terrivel

Pois as coisas de Deus nao deveria ser compradas e se eram compradas nao eram de Deus.

Mas depois se tornou tao normal que fui acostumando, mas nao que eu gostasse disso.

Há excelentes cursos, alguns dos quais eu fiz e ministro como Casados para Sempre, Veredas Antigas e outros.

E o jeito de fazer é: voce da uma oferta (de um valor fixo) e faz o curso. E centenas de milhares de pessoas tem sido abencoadas em suas vidas assim. Mas se voce nao der a oferta nao pode fazer o Curso, ou seja, embora seja uma oferta, funciona como uma compra.

Conheco as pessoas responsaveis e as estruturas com dezenas de funcionarios para tocar o ministerio e sao pessoas de Deus, idoneas, honestas, sacrificiais.

Dei esse exemplo mas poderiamos citar os Seminarios, Faculdades Teologicas, Institutos Biblicos, etc. Tudo funciona assim.

A Igreja moderna brasileira esta funcionando num regime de compra e venda de bencaos espirituais e nao na gratuidade do Evangelho de Cristo.

Ha cerca de 25 anos atras participei de dois Seminarios em Campinas:

Seminario da Familia, com o Pastor Antonio Gilberto, que embora fosse numa Igreja, tinha taxa de participacao. Perguntei na entrada se estudante pagava meia. Excelente Seminario.

Seminario do Espirito Santo com o Pastor Bernard Johnson. Excelente Seminario. Na mesma Igreja, gratuito. Quem quisesse poderia adquirir um livro sobre Teologia do Espirito Santo, publicado pela EETAD, para acompanhar e colaborar.

Quando Paulo escreve a Igreja de Corinto ele toca no assunto do seu sustento ministerial, mas nao cobra numa relacao de compra e venda.

Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? 1 Corintios 9:11

Ele oferece de graca o Evangelho, mas pede que eles reconhecam que precisa de sustento e deem de graca tambem.

Paulo trabalha na sadia forma de pregador e mestre que vive de ofertas.

Paulo nao cobra o dizimo, nao faz campanhas malucas, nao inaugura grifes, nao vende livros ou CDs, ele ministra a Igreja e pede:

Sejam logicos...O que lhes falei nao tem valor maior dos que o dinheiro? Entao qual seria o mal em voces contribuirem para o meu sustento se eu gratuitamente os abencoei com o Evangelho? As riquezas do Evangelho com que os abencoei de graca nao valem muito mais do que um pouco de recursos para me ajudar.

No entanto, eu louvo os americanos, mas nao gosto do sistema deles (parece contradicao mas nao é).

Eles conseguem fazer coisas fantasticas. Eles pegam por exemplo um curso excelente como o Casados para Sempre, que é uma apostila. Há muitas apostilas sobre o tema.

Mas eles criam métodos, dinamicas, treinamentos, enfim dao uma forma estruturada ao curso e agora, pessoas do mundo todo, crentes simples em Jesus Cristo podem ensinar principios biblicos de familia. E milhares de pessoas se convertem ao Evangelho e tem seus casamentos sarados.

E com o valor do curso que é irrisório frente ao beneficio o ministério pode ser expandido e mais pessoas abencoadas.

É simples, funcional, barato, nao se precisa reinventar a roda.

Mas nao é Biblico.

Qualquer administrador de empresas faria isso.

Outro exemplo: na Alemanha. O regime é social democrata. A medicina é socializada. Quer dizer todo mundo é obrigado a ter seguro médico.

E isso passou a religiao tambem. As Igrejas Catolica e Luterana sao dos maiores empregadores da Alemanha. Os recursos para ela sao passados pelo Imposto Religioso e tambem porque elas recebem arrendamento de muitas terras que possuem no pais.

Na Alemanha se voce declarar que é católico, luterano ou de algumas outras Igrejas meio estatais, o imposto da religiao já é descontado no seu contra-cheque.

Tambem nao é biblico.

Dizimo? É biblico mas nao neotestamentario. Eu sei que isso pode levar a longas discussoes. Mas Jesus, nosso Senhor, Salvador e exemplo, sumo-sacerdote da nossa confissao nunca o cobrou para si mesmo e foi sustentado por ofertas.

Mas alguém vai dizer; e como vai ser sustentada a obra de Deus?

Como a obra de Deus foi sustentada na Igreja primitiva. Como Jesus sustentava seu ministério?

E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus; e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens. Lucas 8:1-3

Com ofertas. Mas Jesus tinha um ministerio com estrutura slim. Ele nao tinha auditorios com ar condicionado e tratamento acustico e nao recebia em dolar.

Ma minha opiniao deveriamos ter estruturas mais leves na Igreja, como Jesus fazia, e os crentes deveriam ofertar com alegria. Só isso.

Possivelmente eles dariam mais que o dízimo. Eu creio. E se tambem assim nao fosse, a obra de Deus continuaria a ser feita, com mais milagres:

E falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse. Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais, porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava. Exodo 36:5-7

Paulo nunca cobraria Copyright por suas cartas e Jesus nunca escreveu um livro. Senao talvez nunca teriamos sido alcancados.

Para meditar:

Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? Corintios 9:11

Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Mateus 10:8


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