quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ira justa

As vezes fico com medo de perder a capacidade de me indignar.

Sao tantas injusticas, é tanta violencia que a gente tem duas escolhas:
  • ou sofre junto com os que sofrem
  • ou cauteriza de vez o coracao para nao sentir tanta dor.
Infelizmente ja estamos um pouco cauterizados. Vemos as pessoas passando necessidade ou o Tsunami ou as guerras e tudo isso parece tao distante na TV. Mas sao pessoas, e estao sofrendo.

Quando foi lancado o filme "A Paixao de Cristo" nao tive coragem de assistir no cinema. Pensei que podia ter um infarto.
Só de pensar no que fizeram ao meu Senhor me causava tanta comocao que eu passava mal

Minha esposa assistiu ha poucos minutos no Youtube um video sobre indios brasileiros enterrando vivos seus filhos.

E os missionarios sao impedidos de evangelizar para nao mudar a "Cultura" dos indios.

Me lembrei do texto do Salmo 7 dos versos 11-17 que diz:

"Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias.
Se o homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e teso está o seu arco;
já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas.
Eis que o mau está com dores de perversidade; concedeu a malvadez, e dará à luz a falsidade.
Abre uma cova, aprofundando-a, e cai na cova que fez.
A sua malvadez recairá sobre a sua cabeça, e a sua violência descerá sobre o seu crânio.
Eu louvarei ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo."

Que possamos ser como Deus, sentir indignacao pela injustica.
E que possamos ser como o salmista, estarmos certos de que o nosso Deus (que é misericordioso, gracioso, perdoador, que nao tem prazer na morte do impio mas que deseja que ele se converta e viva) é um justo juiz, misericordioso, mas justo.

E que Ele tenha misericórdia e seja gracioso para conosco. E que possamos ter como Deus uma ira justa que nos mova a pregar o Evangelho, o único remédio para um mundo perdido nos seus pecados.

Paz.

Um comentário:

Caminhando Juntos disse...

Paz e Graça. Ouví certa vez que a geração da pós modernidade é uma geração de olhos secos, incapaz de chorar diante de Deus e do sofrimento humano. Concordo com a reflexão, temos que ser capazes de sentir a dor do outro, caso contrario seremos totalmente cauterizados em nossa consciencia.