Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva. Porque apregoarei o nome do SENHOR; engrandecei a nosso Deus. Deuteronomio 32:2-3
sexta-feira, 16 de junho de 2006
Paternidade de Deus
A primeira me é apresentada pela Palavra de Deus e me mostra um Pai amoroso, receptivo, que nunca me abandonará.
A outra imagem existe na minha mente, fruto da minha própria experiência com meu pai terreno, meu conhecimento da paternidade imperfeita existente no mundo, em cada família e finalmente da minha própria consciência como pai.
Ao longo dos anos muitas vezes me senti com o coração vazio de fé, incerto sobre o futuro, incapaz de tomar decisões arriscadas. Eu lia a respeito do cuidado de Deus Pai, mas embora eu entendesse racionalmente cada palavra a respeito do amor e bondade de Deus como pai, dificilmente eu conseguia crer - meu coração não colaborava.
As imagens eram tão conflitantes. Meu pai é um excelente pai, mas como todos os pais, também falhou e eu como pai também falho. Então era como se eu entendesse a Paternidade de Deus através das lentes da minha própria experiência de paternidade imperfeita, adquirida através da vida.
Era como montar um quebra-cabeças com a tampa trocada. Você sabe: quando se compra um quebra-cabeças, na tampa da caixa, vem a imagem do que vai ser montado - uma paisagem, um navio, ou seja o que for.
Era como se eu tivesse nas mãos as peças do quebra-cabeças - cada citação da Bíblia que revela o amor, a bondade, a graça de Deus Pai, o Pai das luzes, aquele de quem Jesus disse: " a ninguém chameis vosso Pai..." (no sentido de se vangloriar de sua origem), aquele a quem Jesus orou: "Pai nosso..." - e são tantas referências a esse amor e comunhão.
Mas sabe, eu tinha as peças do quebra-cabeças, mas eu tentava montar o conjunto tendo como roteiro a tampa da caixa (a minha imagem de paternidade humana imperfeita).
Nos últimos anos tenho participado ativamente de um curso chamado Veredas Antigas - é um curso bíblico, na área de relacionamento, maravilhoso. Muitas famílias tem sido restauradas por intermédio do ensino da Palavra ali ministrado.
Um dos objetivos do curso é restaurar a verdadeira imagem de Deus. O diabo, nosso inimigo tem investido pesado em destruir a família, porque ele sabe que destruindo a imagem do pai, destruirá uma figura que temos do cuidado e amor de Deus.
Eu também tenho sido restaurado. Joguei fora a tampa da caixa - a imagem imperfeita da paternidade humana - e tenho conhecido mais desse amor que nunca me abandona.
Hoje monto o quebra-cabeça da revelação do amor de Deus, quero conhecê-lo mais, sem consultar minhas referências mentais, mas sim a Palavra de Deus unicamente.
Isso tem me transformado. Sinto mais confiança em Deus, pois sinto o seu amor. Já não sou um homem de coração dobre, inconstante nos caminhos (é lógico que eu era assim - eu tinha uma imagem alternada de Pai no meu coração - as vezes Pai infalível, às vezes pai falho). A versão em português da e-sword diz:
Tg 1:8 homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos
Hoje posso entender (não apenas com a mente, mas sentir em meu coração) o Salmo 23: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.
É claro que nada me faltará - estou convencido desse amor insuperável - o de Deus.
E 1 Jo 5:5 e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido.
Hoje sinto esse amor infalível.
Jogue fora a tampa da caixa também. Não associe Deus Pai à imagem de paternidade imperfeita que as circunstâncias da vida lhe passaram. Creia no que Jesus disse.
Você também pode chamá-lo: Abba - Paizinho.
Deus te abençoe.
Resgatando a brasilidade da nossa fé - Pr. Ricardo Gondim
Os americanos são verdadeiramente a nova matriz do mundo. Possuem um poder militar amedrontador, que policia os mares, as montanhas e florestas do planeta. Sua moeda é o referencial financeiro dos mercados. Investem mais dinheiro na ONU que qualquer outro país e assim podem vetar ou aprovar moções da comunidade internacional. Publicam mais livros, lideram em investimentos em pesquisa tecnológica e assim possuem o maior número de cientistas detentores do Prêmio Nobel. Quando queremos nos divertir, assistimos aos filmes que eles produzem. Quando os países pobres enfrentam apuros financeiros correm para Nova York pedindo um novo empréstimo. Os americanos são tão poderosos que conhecem pouco o que acontece em outros países. Eles se bastam. Por isso é que muitos continuam achando que Buenos Aires é a capital do Brasil e que as cobras ainda passeiam por nossas cidades.
Os brasileiros idolatram a América. Avaliamo-nos, cabisbaixos, como um povinho medíocre destinado a ser vassalo de uma grande potência. Preferimos suas músicas, embora não entendamos a letra. Não valorizamos devidamente nossa arte, cultura e história. Milhares já emigraram para lá. Aceitam lavar pratos e chão de cozinha por dólares tão escassos por aqui. Achamos que os parques de diversão americanos são mais interessantes que nossas praias de areia branca com sol quente e água morna.
Recentemente visitei uma famosa faculdade bíblica nos Estados Unidos. Gastei algumas horas na sua livraria. Maravilhei-me com a quantidade de títulos publicados, encantei-me com a profundidade teológica e a seriedade com que os diversos temas são abordados. Porém, entristeci-me ao constatar que não havia nada, em nenhuma prateleira, de autores latino-americanos. Brasileiros então, nem se fala! Lá na sede do império não se sabe quase nada sobre os evangélicos latino-americanos, a não ser rumores de que um grande avivamento ocorre por aqui. Estamos tão distantes da cultura americana como está o Conde Zinzendorf e sua misteriosa Morávia da realidade atual. Indignei-me quando li o famoso Este Mundo Tenebroso, de Frank Perreti. A trama do livro é a batalha espiritual que acontece em uma cidadezinha americana do interior que seria dominada por uma seita da Nova Era. No último capítulo, os demônios são finalmente vencidos e expulsos. Para onde eles vão? Para o Rio de Janeiro!
Nessa última visita aos Estados Unidos, preocupei-me em assistir aos programas dos televangelistas, conversar com os evangélicos sobre política e ouvir o conteúdo das pregações. Espantei-me ao perceber como os programas (principalmente os carismáticos) procuram imitar as grandes produções hollywoodianas. Os pastores se produzem com gel no cabelo e vestem ternos caríssimos. Suas esposas, carregadas de maquiagem, parecem personagens de outro planeta. Algo destoa quando falam do Jesus de Nazaré, que foi simples e viveu uma vida singela. O conteúdo dos sermões tem duas polegadas de espessura. As megaigrejas são construções suntuosíssimas, com luminárias de cristal, tapetes maravilhosos e assentos confortabilíssimos. Financiadas com empréstimos a juros baixos, erguem-se à beira das auto-estradas como símbolos da parceria de mamom e Jeová, que a cultura americana promove tão bem.
Os evangélicos americanos gostam muito do Partido Republicano. Veneram o seu presidente e acreditam que a sorte de seu país está ligada à obrigatoriedade da prece nas escolas, à proibição do aborto e à denúncia do homossexualismo. Não lhes interessa muito a emissão de gás carbônico na atmosfera (a maior do mundo), o descaso com a epidemia de aids na África e a desigualdade nas suas relações comerciais com os países miseráveis do planeta. Nenhuma denúncia é ouvida dos púlpitos americanos quando sobretaxam as importações e subsidiam a sua agricultura, falindo a economia primária das nações pobres. O american way of life (estilo de vida americano) e o evangelho são irmãos siameses. Quase impossível de se separarem!
A igreja evangélica brasileira repete o mesmo comportamento do restante de nossa nação. Também nos vemos com autodesprezo. A grande maioria dos nossos livros é tradução dos best-sellers americanos (alguns rasos e descontextualizados). Traduzimos suas músicas e nos maravilhamos com o poder espiritual de seus evangelistas. Convidamos pastores americanos para ministrar em nossos congressos sobre espiritualidade porque os consideramos mais íntimos de Deus. Eles nos ensinam métodos de crescimento da igreja e alguns chegam por aqui com pretensa autoridade apostólica, soprando sobre os auditórios para que as pessoas caiam. Balançam o paletó acreditando que uma onda espiritual sacudirá o povo. A ironia disso tudo é que aqueles que nos ensinam sobre espiritualidade vêm de subúrbios limpos, moram em casas calafetadas no inverno e refrigeradas no verão. Nunca presenciaram uma cena de violência urbana, jamais foram assaltados. Não gastam mais que 15 minutos no trânsito e convivem com uma congregação com renda per capita de mais de 50 mil dólares por ano. Só porque conseguiram aumentar sua congregação para mais de 2 mil membros, vêem-se habilitados a nos ensinar como fazer uma evangelização explosiva. Porque são habilidosos em manipular um auditório entorpecido pela euforia religiosa, acham que podem nos ensinar uma “nova unção” que derruba as pessoas no chão.
Eu gostaria de ser mentoreado sobre espiritualidade por um pastor que ora, lê as Escrituras e medita nelas, a partir da periferia das grandes cidades do Brasil, verdadeiras zonas de guerra. Porque sou brasileiro, quero ouvir mais dos pastores que cuidam de congregações lotadas de gente desempregada e aflita com a instabilidade da economia. Porque também convivo com a dura realidade da violência, quero aprender a aconselhar com pessoas que sabem o que é cuidar de gente que já testemunhou chacinas ou que já foi assaltada à mão armada.
Prefiro conversar com um desses plantadores de igrejas anônimos que já construíram várias pequenas igrejas sem recursos a ouvir de teóricos sobre o método gerencial mais eficaz que faz uma igreja crescer numericamente, mas que nunca plantaram, eles mesmos, uma igreja sequer.
Apesar de sermos ainda muito imaturos e vulneráveis a tantos modismos, o jeito brasileiro de viver a fé é fantástico. O fervor com que se louva a Deus, por aqui, é contagiante. As diversas expressões missionárias, mesmo ainda meio indisciplinadas e anárquicas, mostram-se bastante frutíferas. Haja vista, o pipocar contínuo de igrejas que se estabelecem nas redondezas pobres das grandes cidades. Sobejam exemplos de missões que alcançam prostitutas e travestis, e que ninguém valoriza devidamente. Os galpões velhos, os cinemas abandonados, lugares outrora esquecidos que viraram templos, são espaços simbólicos da incursão evangélica em setores esquecidos da sociedade.
O Brasil evangélico é um contraponto à complacência cristã do Primeiro Mundo. A nossa taxa de crescimento é uma das maiores de todo o mundo. Nosso zelo missionário, invejável. A mobilização da igreja impressiona quem se interessa em estudá-la. Vencemos preconceitos denominacionais em larga escala e pastores de diferentes tradições convivem sem maiores problemas. A instabilidade econômica nos forçou a aprender a sobreviver dos dízimos e ofertas semanais. Não somos uma igreja endividada. Artesanalmente montamos nossos corais. Artesanalmente estabelecemos centros comunitários em zonas carentes. E artesanalmente tentamos cumprir a missão integral.
O problema é que, ao reproduzimos na igreja evangélica a mesma baixa auto-estima nacional, não conseguimos ter mais teólogos com intrepidez de publicar suas reflexões e idéias, mais pastores que escrevam sobre suas experiências em suas comunidades, mais poetas e escritores que nos brindem com suas meditações e ficções.
Com tanta riqueza ao nosso redor, sugiro procurarmos não nos embasbacar olhando para a “matriz” e desejando ser iguais a ela. Resgatemos nossa identidade cristã nacional e façamos de nossa brasilidade um motivo de orgulho. Desvencilhemo-nos da dependência dos modelos importados, que podem ter relevância lá, mas que dizem tão pouco para o que vivemos aqui.
Mãos à obra, pastores, seminaristas, cantores, missionários, evangelistas, escritores, poetas e professores brasileiros. Temos muito que fazer!
Soli Deo Gloria.
..Quem escreveu o artigo acima?
Pr. Ricardo Gondim
Pastor da Igreja Betesda
Escritor de diversos livros e conferencista
site: www.ricardogondim.com.br
Os perigos da Visiolatria - Jônatas Bragança
Os Perigos da "Visiolatria"
Prostar-se diante de ídolos é ato inconcebível em qualquer igreja cristã evangélica do país. Uma forma mais sutil de idolatria se difunde na doutrina eclesiástica. Tudo que rouba o lugar de Deus da essência da nossa vida e dos cultos é idolatria. Mesmo que esta seja de forma parcial, ainda que dissimulada, até mesmo que não intencional ou bem intencionada.
Jesus nos mandou amar a Deus e a nossos irmãos. O evangelho sempre proclamou que deveríamos aceitar o sacrifício de Cristo por nós e convidá-Lo a habitar em nossos corações. A mensagem de hoje é que devemos amar "a visão"...? "Aceitar a visão"? "Ter a visão no coração"?
Por mais brilhante que uma estratégia ou estrutura possa ser, não merece tamanha consideração. Jesus teve as maiores idéias, os melhores métodos. Tinha conhecimento das técnicas mais apuradas de administração, mas nunca proferiu uma frase de ênfase ao método. Sua compaixão era com as pessoas. Seu zelo era para com o conteúdo da mensagem.
"Observem, discípulos, como reproduzo em vocês através da convivência pessoal o caráter correto. Reparem como uso de forma didática elementos da natureza para demonstrar verdades profundas! Observem que eu me reúno com vocês em grupos pequenos e uso sempre uma túnica adequada." Não. Jesus preferia dizer: "Fiquem na cidade até serem revestidos de poder do alto".
A maior estratégia de crescimento da Igreja está no livro de Atos. Só na primeira mensagem de Pedro, 3 mil se rendem. Não há ali margem para segundas interpretações. Fica evidente que a capacitação para isso é o fluir do Espírito Santo. Não é porque Pedro falou bonito, falou bravo, pregou em pé, tocou órgão, se reunia em templos ou em casas. Era porque o Espírito Santo se movia ali.
Dependência de Deus. É tão mais fácil depender do homem, mas não é necessário fé para isso. Deus eu não vejo, mas o Papa está lá na TV. Lutero defendeu o sacerdócio universal do crente; segundo ele eu não preciso de intermediários para me relacionar com Deus ou mesmo para interpretar aBíblia: já existe alguém para me guiar a toda verdade, e Ele é invisível.
Disciplina pessoal e estratégias específicas podem gerar crescimento. Hitler conquistou dezenas de milhares de seguidores; o islamismo é a religião atual que mais cresce no mundo; o ateísmo avança a passos largos hoje no Rio de Janeiro. Resultados não são o indicador verdadeiro da aprovação. Câncer também é crescimento: uma multiplicação de células anormal, sem controle, sem qualidade.
Uma mentira dita muitas vezes pode até passar por verdade. A verdade quando é dita uma vez gera liberdade. Repetir a exaustão frases para firmar um ponto de vista hoje é o "processo de implantação da visão". O povo precisa repetir muitas vezes para captar a essência. Soa como técnica de lavagem cerebral. Jargões podem formar um grupo homogêneo e obediente, mas não são capazes de levar um discípulo à dependência de Deus.
Deus e seus atributos, a Palavra, meus irmãos - são coisas eternas. É prudente investir nisso. Estratégias são úteis, são funcionais, mas não merecem a nossa devoção. Não merecem ocupar espaço nos nossos corações. Não merecem mais do que 1% das nossas músicas e mensagens nos cultos.
A Bíblia não dedica à técnica mais do que isso. Aliás, muita coisa anda desproporcional nos nossos cultos hoje em dia em relação ao conteúdo da Palavra de Deus.
Adote visões. Não seja adotado por elas. Não deixe a visão gerar divisão. Não presuma que a sua visão ou a visão que sua igreja adotou é superior às demais. Isso é pecado. Não julgue um irmão por estar em visão diferente.
Ame a Deus sobre todas as coisas. Ame o seu irmão.
Alerta postado por Jonatas Bragança, (posso dizer com orgulho, meu filho) na comunidade G12 do Orkut,
A Beleza da Igreja
Quem já foi a Gramado e tem família grande sabe do que estou falando - lá tudo custa R$8,00. Multiplique por 5 e verá a diferença.
E fomos passeando no meio daquela vegetação exuberante, ouvindo o trinado dos pássaros e vendo-os, araras, papagaios de todas as cores, patinhos, cisnes, beija-flores e um sem número de outras espécies de aves, para não falar dos saguis, pacas e toda a fauna que a gente vai encontrando enquanto circula ali.
Para quem como eu vive num ambiente urbano, cercado de paredes de todos os lados, estar em contato com a natureza tem um valor imenso.
Minha cabeça descansa ali, vendo tão perto maravilhas criadas por Deus.
A um determinado momento sentamos num banco e ficamos observando o céu azul em contraste com a coloração verde profunda da vegetação que nos cobria. Aquilo parecia um magnífico quadro.
As sutis variações do verde, de mais claro, iluminado diretamente pelo sol, passando por vegetação com um verde não tão escuro, até velhos troncos enegrecidos das árvores formavam um festival de beleza aos nossos olhos.
Enquanto eu olhava meditava na grandeza de Deus, autor de tão belo quadro. Que genialidade. Como pode alguém dispor tão bem as cores num festival de beleza que nos encanta tanto?
Obra do mesmo autor, é a Igreja.
Eu meditava que a beleza daquela cena também era devida à idade do orquidário - havia ali vegetação antiga (o orquidário foi fundado em 1945), como também vegetação mais nova.
Exuberante folhagem ao lado de troncos antigos.
Como na parábola da semente de mostarda, as aves do céu acharam ali abrigo e o lugar era cheo de vida, como o Reino dos Céus de fato é.
Aquele lugar não seria tão belo se toda a folhagem fosse nova e igual, ou toda velha e já amortecida,
A beleza está na diversidade, na variedade e na renovação.
Deus não faz uma árvore igual a outra. Que criatividade! Que obra soberba!
Assim também na Igreja. Cada testemunho, cada hino dos antigos, somado à vitalidade e alegria dos cânticos da nossa Igreja jovem e adolescente que pula e dança, são expressões do amor de um Deus maravilhoso.
Deus fez uma obra linda nos nossos corações. Entender a beleza dessa obra que só se vê com os olhos do coração é extremamente gratificante.
Muitos olham apenas os velhos troncos enegrecidos e não veem beleza. Não compreendem que daqueles troncos velhos, sairam brotos que renovaram a floresta.
A Igreja é bela, é a noiva de Cristo, é a coisa mais linda sobre a face da Terra, se você souber ver.
Jesus tem os olhos apaixonados sobre ela. São as meninas dos seus olhos e o cuidado constante do seu coração.
Seja você quem for, pastor ou obreiro, crente ou incrédulo, cuidado com a Igreja.
Ela é preciosa, tem um noivo cheio de zêlos. Seu nome é Jesus.
terça-feira, 13 de junho de 2006
A Unidade da Igreja na Cidade
Introdução
Talvez a pessoa que mais influenciou nos últimos 50 anos, sobre o tema da UNIDADE DA IGREJA foi Watchman Nee, com seu livro A Igreja Normal. No fim da década de 30 ( 55 anos atrás) , se editou o livro em Chinês. Logo se traduziu para o Inglês e em meados da década de 60 (30 anos atrás) , tivemos o livro em nossas mãos para os leitores de língua espanhola.
No início do livro já Nee adverte o leitor que: Não se deve fechar a porta com um golpe de "impossível", "ideal porém impraticável". Tal qual é o que tem sucedido com muitos que o leram, hoje está se passando o mesmo com outros que escutam falar sobre tema. Porém o Espírito Santo inquietou a alguns para que como profetas levantem sua vós e falem sobre a UNIDADE DA IGREJA. Alguns o fazem com veemência e fé, e outros são como uma vós no deserto que apenas se ouve. O certo é que hoje não são poucos os que crêem que esta é a palavra de Deus, e que o Senhor vai unir o seu povo. Cada vez são mais os que crêem que João 17 e Efésios 4 terá cumprimento antes da vinda do Senhor. Hoje, as barreiras denominacionais não são tão rígidas como anos atrás. Os pastores de uma mesma localidade se reúnem, se buscam, sentem necessidade uns dos outros, se apreciam, e os irmãos querem estar juntos. Só o Espírito Santo pode fazer isso.
A forte ênfase do livro de Nee ( que é bíblico ) é que em cada localidade não pode haver mais do que uma só igreja. O pensar em duas ou mais igrejas em uma localidade é totalmente antibíblico. O problema que temos nós seres humanos é que, quando nos acostumamos com o anormal e damos por definitivo então o normal nos parece anormal.
A palavra Igreja e seu uso no Novo Testamento
A palavra igreja vem do vocábulo grego "Ekklesia", que aparece 114 vezes no N. Testamento.
•No singular aparece 17 vezes referindo-se a IGREJA UNIVERSAL. Mt 16:18; Ef 1:22; Cl 1:18; etc.
•No singular aparece 49 vezes referindo-se a IGREJA LOCAL. Mt 18:17; I Cor 1:2; etc.
•No plural aparece 38 vezes e se refere as IGREJAS LOCAIS de diversas localidades. Atos 9:31; II Cor 11:8; Apoc 1:4 e 11; etc.
•Aparece 10 vezes em várias formas. Rom 16:5; Heb 12:23; Atos 19:32,39,40.
A Igreja na Cidade
Nos tempos dos primeiros apóstolos e pais da igreja, a totalidade dos crentes que viviam em uma cidade formavam a ÚNICA igreja daquele lugar. Não havia naqueles dias duas ou mais igrejas coexistindo simultaneamente em uma mesma localidade. Não há nenhum relato bíblico que se refere a pluralidade de igrejas em uma mesma localidade. No capítulo 11 do livro de Atos se relata o nascimento da igreja em Antioquía. É a primeira comunidade mista onde não existe a parede de divisão, entre Judeus e gentios. Esta mistura , permite ter uma visão mais ampla da extensão do Reino de Deus. Com uma clara visão apostólica, a igreja de Antioquía chega a ser a mais missionária daqueles tempos. Barnabé e Paulo saem de Antioquía fundando as igrejas por todo mundo conhecido. Ao cabo de alguns anos , encontramos a igreja do Senhor em cidades ou localidades como Iconio, Listra, Filipos, Tessalonica, Eféso, Corinto, etc. Em cada localidade fundaram uma só igreja. A nenhum dos apóstolos fundadores havia ocorrido levantar "outra" igreja se já existia uma em cada localidade.. Quando Apólo chegava a uma cidade, não se lhe ocorria levantar "outra igreja" de acordo com seu estilo. Se assim o fizesse estaria realizando uma divisão no corpo de Cristo.
•A igreja mencionada nas Sagradas Escrituras está fundada sobre o princípio de que em cada cidade deve haver uma só igreja. Para eles era improcedente, por estar reunido com a mesma natureza da igreja, pretender edificar "outra igreja" na mesma localidade quando já havia uma. Tal pretensão supõe atentar contra o corpo de Cristo. Este princípio foi tão claro para os apóstolos que as igrejas se denominava pelo nome da localidade. A única maneira de identificar uma igreja determinada era pelo nome da cidade em que estava:
•"a igreja que estava em Jerusalém" ( At 11: 22)
•"a igreja que estava em Antioquía,"( At 13:1)
•"a igreja de Deus que está em Corinto". ( I Co 1:2 e II Co 1:1)
•"a igreja em Éfeso.... a igreja em Esmirna.... a igreja em Pérgamo.... a igreja em Tiatíra..... etc. ( Ap 2:1, 8, 12, 18...).
Isto deixa muito evidente duas realidades que estamos sustentando:
O nome da cidade dava a cada comunidade a sua identidade. Em cada cidade havia uma única igreja , pois nunca se disse no Novo Testamento: ".... as igrejas que estão em uma determinada cidade." Em outras palavras, a totalidade dos filhos de Deus que viviam em uma cidade formavam a única igreja dessa cidade.
Interpretações errôneas sobre a unidade da igreja
Quando se fala sobre a unidade da igreja, muitos interpretam erroneamente o que isto significa, não porque haja má intenção senão porque nosso contexto de igreja nos desorienta. A situação de anormalidade na qual vivemos não nos permite compreender com clareza como pode funcionar uma igreja em cada localidade. É necessário atuar com paciência e maior dependência do Espírito Santo para que Ele clareie nossos pensamentos e ilumine o nosso espírito.
•Um erro comum é pensar que a igreja da localidade deve funcionar em um só edifício. Estão tão ligado ao conceito igreja-edifício que parece que não se pode pensar em uma só igreja na localidade sem imaginar a todos em um só edifício. Temos que repetir até cansar que o edifício não é a igreja; sem parar, se segue chamando ao edifício com o termo "igreja". Isto faz com que se continue se associando igreja com edifício.
•Outro erro é pensar que todos temos que ser membros da mesma instituição. Todavia é comum pensar que se somos da mesma denominação somos um. Esta herança ficou na igreja pelo ensinamento tão marcado de que cada organização tinha que levantar uma congregação em cada povo ou cidade, ainda que já tivesse outros grupos cristãos estabelecidos, considerando normal as divisões, e que só tinha que manter a unidade denominacional. Graças a Deus, muitos pastores, sem necessidade de romper seus vínculos denominacionais, estão relacionando-se cada vez mais com outros pastores da localidade; não obstante, há outros líderes que Deus está levando há uma relação mais estreita com os pastores de sua cidade, quebrando as barreiras mais tradicionais.
•Um erro todavia mais sutil é pensar que a unidade da igreja em uma cidade consiste em reunir a todos os membros da igreja em uma reunião dominical ou semanal. Por supor que fazer reuniões conjuntas periodicamente que é muito bom; porém seria um erro pensar que a unidade da igreja é fazer reuniões com todo o povo. Bem no começo da renovação nos libertamos da associação igreja-edíficio; porém muitos não conseguem libertar-se da associação igreja-reunião. A reunião conjunta é uma expressão da igreja, porém não é a única nem fundamental. Por muitos anos, a igreja por causa da perseguição não podia ter uma só reunião para expressar sua unidade; não obstante, funcionava como uma só igreja.
Não confundamos a unidade da igreja com estar todos debaixo de um mesmo teto, nem com uma só instituição legal, nem tampouco com a reunião . Nosso contexto de igreja é o que nos condiciona a pensar que esta conduta coletiva é a mais importante expressão da unidade da igreja.
A Igreja: Um só Corpo
A igreja deve funcionar em cada localidade como UM SÓ CORPO. Ao pensar na igreja como UM SÓ CORPO nos liberamos de limitar a unidade da igreja a edifícios, reuniões ou instituições. E abrimos nossa mente a multiforme sabedoria de Deus para entender o funcionamento da igreja da cidade. Quando pensamos em um corpo, pensamos em algo dinâmico, não estático; flexível , não rígido; adaptável, dócil. A figura do corpo é muito eloqüente e funcional; porque uma vez que em um corpo, estão todos os seus membros sujeitos uns aos outros formando uma unidade orgânica. Paulo declara em Efésios 4: 16 "do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, ..." Quando pensamos na igreja como corpo, fica mais claro que há coisas que são circunstanciais . Pode celebrar-se na localidade uma reunião, ou dez reuniões, ou cinqüenta reuniões em lugares diferentes. Podem ter um edifício, ou muitos edifícios, ou nenhum. Todas estas coisas são circunstanciais. O ser uma só igreja na cidade não depende destas coisas que estamos considerando. Porém é fundamental que a igreja em cada cidade chegue a "SER" UM SÓ CORPO, de um modo real, funcional e visível .
•I Co 12: 20 Agora, porém, há muitos membros, mas um só corpo.
•I Co 12: 27 Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.
•Ef 1: 22,23 e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.
•Cl 1: 18 também ele é a cabeça do corpo, da igreja; .....
Os Apóstolos: ( Anciãos ) Fator de Unidade
Jesus Cristo é o cabeça da igreja. Ele é quem governa e tem toda autoridade. Ele é quem cobre, santifica e sustenta. Portanto a autoridade da igreja é uma autoridade delegada e está diretamente relacionada com a submissão que se manifesta ao cabeça; porém, fundamentalmente, a submissão aos Apóstolos ( anciãos = mais experientes ), já que estes são os guias e canais para abençoar o povo.
Quando os reis de Israel faziam a vontade de Deus, e o povo seguia essa linha de conduta, e honravam o Senhor Ele os abençoava. Por outro lado quando os reis viviam conforme os seus próprios caminhos, o povo sofria as conseqüências e se apartava do Senhor. No concílio de Jerusalém se reuniram os apóstolos e anciãos para tratar sobre o tema da circuncisão. Logo, comunicaram a igreja o seguinte: "nos pareceu bem a nós e ao Espírito Santo...."
Em Antioquía foi o Espírito Santo que falou aos líderes da igreja acerca de Paulo e Barnabé. Essa relação com o Espírito Santo é que outorga autoridade aos apóstolos e anciãos para conduzir o povo nos propósitos de Deus e levar a igreja ao cumprimento de sua vontade. A vontade de Deus é a UNIDADE DA SUA IGREJA. Os líderes da igreja podem ser um meio para unir o povo do Senhor ou para dividir ainda mais a casa de Deus. Os pastores de cada localidade devem funcionar como um só presbitério. Deus nos conceda graça para sermos fator de unidade.
A Igreja : Um só Fundamento
A preocupação do apóstolo Paulo foi a unidade da igreja em uma mesma localidade. Não há nenhum conceito que permita que os crentes de uma mesma localidade se dividam, formando grupos em torno do ministério de diferentes apóstolos. Alguns diziam "eu sou de Paulo", outros "eu sou de Apólo", ou "eu sou de Cefas", o " eu sou de Cristo". O apóstolo declara: "Ninguém pode por outro fundamento além do que já esta posto, o qual é Jesus Cristo".
Cuidados e Advertências
A unidade da igreja não é a unidade da "vassoura" onde se ajunta tudo: tudo que se chama "igreja", tudo que se chama "cristão".
•A unidade se dá com aqueles que são da mesma espécie: com quem deve ser?, com somente os evangélicos? , com os protestantes? , com os católicos?, com quem?, com os que nasceram de novo? Ainda que alguns digam que tiveram uma experiência de conversão, ainda que digam que nasceram de novo, hoje constatamos que isso não é nenhuma garantia de que são filhos de Deus. Jesus nos ensinou a diferenciar entre os que "são" e os que se "dizem"; Jesus disse: POR SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS. O santo só se une com o santo. A espiritualidade na igreja trará como conseqüência a unidade. Se quisermos unir o carnal com o espiritual, provocaremos mais divisão. A casa de Saul e a casa de Davi não puderam marchar juntas, porém na medida em que o espiritual vai se fortalecendo a carne irá se debilitando e alcançar-se a maior unidade.
•A unidade vem com o reconhecimento de autoridade. A unidade não deve dar-se só porque estamos de acordo. Estar de acordo é necessário, como é a santidade e a integridade. Porém também é necessário o reconhecimento de autoridade. Sempre me chamou a atenção Atos 8:1, onde se diz: "que todos foram dispersos, exceto os apóstolos". No meu entender esta unidade apostólica foi o ponto de referência para a unidade da igreja. Também a atitude de Paulo, que não decide por sua própria conta a não circuncisão dos gentios, senão que sobe a Jerusalém para tratar do assunto com os demais apóstolos, reflete a unidade que havia na igreja. Isto se dava pelo reconhecimento do princípio de autoridade. Paulo podia ter decidido por sua própria conta nas igrejas que havia fundado e que estavam sob os seus cuidados; porém consciente de que a igreja é uma, se submete a toda autoridade. Logo, o apóstolo Pedro em sua carta reconhece o ministério e a revelação que havia em Paulo, o apóstolo; o reconhecimento desta autoridade mantinha e deixa evidente a unidade que havia na igreja . Devemos reconhecer os ministérios e os dons que Deus vai levantando na localidade onde residimos se quisermos alcançar a unidade.
Nossa Vocação Pela Unidade
Por causa das divisões da igreja temos empobrecido. Os ricos recursos ministeriais do corpo de Cristo estão dispersos. A maioria das congregações tem um ministério uni-pastoral ( singular) . Um só homem não reúne em si mesmo todos os dons e ministérios. Estamos desarticulados. Não funcionamos como um corpo. A bíblia nos fala de diversidade de ministérios. Onde estão? Onde estão os apóstolos e os profetas? Onde estão os que pastoreiam os pastores? Todavia não existe suficiente consciência de que um dos grandes dramas da igreja é a solidão ministerial? Até quando seguiremos assim? A igreja em cada localidade deve funcionar como um só corpo. Deve assumir, com todas as congregações do lugar, sua IDENTIDADE como A IGREJA DA CIDADE, pois tão somente em unidade poderá cumprir com sua missão integral no mundo.
Se juntos aos nossos irmãos da localidade assumimos nossa responsabilidade de que somos luz e sal, os problemas da cidade se tornam nossos problemas e assumimos nosso compromisso. Os pobres, os órfãos, as viúvas que estão desamparadas, as crianças e anciãos abandonados, os que sofrem injustiças, etc. , serão o peso da igreja da cidade.
Porém quando vemos todos estes problemas, e estamos sós nos apavoramos e dizemos: impossível para a nossa congregação. Porém quando enfrentamos em conjunto com os demais irmãos, PODEMOS; porque no corpo estão todos os recursos. Por causa da divisão estamos gastando mal os nossos esforços e duplicando os nossos trabalhos.
NECESSITAMOS DA UNIDADE.
•Não nos resignemos a uma igreja dividida, como inimigos guerreando.
•Não nos conformemos com o fato de nossas congregações estejam mais ou menos bem.
•Não aceitemos a teologia da resignação, que diz que somos um em espírito.
•Não condenemos aquele que não vê, não compreende, ou que não tem fé. Só Deus pode revelar a sua palavra.
•Cremos que a unidade da igreja tem que ter sua expressão prática na localidade e que todos os crentes da cidade formam um só corpo.
•Cremos que Deus paulatinamente irá restaurando a unidade de sua igreja em cada cidade ou povo.
•Cremos que Deus previamente através do Espírito Santo, nos levará a um nível de santidade e espiritualidade que fará DESEJÁVEL a unidade.
•Cremos que Deus fará, pois a unidade da igreja é um milagre tão grande que só Deus pode fazer.
•Cremos que a cruz irá operando em cada um dos pastores, depondo toda atitude carnal que impede a unidade.
Graça e Paz!
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segunda-feira, 12 de junho de 2006
A sarça ainda arde
Vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Pois, à vista da pesca que haviam feito, o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. Lc 5:8-10
Encontrar-se com Jesus é uma experiência singular, única, diferente de todas as outras. Parecia para Pedro e seus companheiros mais um dia normal de jornada.
Mas não era. Jesus passava por ali e tudo pode acontecer.
E aconteceu: o convite, a proximidade, a Palavra arrebatadora e quando Pedro pensava que tudo ia terminar...
O milagre...
Pedro já estava satisfeito. Não havia pescado nada a noite toda, mas pelo menos estava revigorado pela Palavra que aquele Jesus de Nazaré pregara do seu barquinho.
Ele tinha uma história para contar e falador como era certamente planejava falar para a esposa, a sogra...
Mas o convite inesperado - lançar as redes - meio para ser agradável, meio com uma ponta de esperança, meio pela autoridade daquela voz, Pedro acedeu...
Grande escolha, tantos peixes, não vai caber, chamem os amigos, está transbordando, vai afundar - não, não afundou.
Pedro se sente achatado e se encolhe diante de tanta santidade - foge - sou pecador - Jesus, eu gostaria, mas não dá - não sou digno ou preparado, tenho família para cuidar - como eu? Por que eu?
Novamente aquela voz suave, mas com autoridade - não temas; de agora em diante serás pescador de homens.
Quando a gente escolhe ouvir a voz do Senhor também acontece assim: milagres acontecem , parece que não vai dar, está transbordando (a graça) , chamem os amigos (para serem abençoados também) - não afundou.
O sentimento de indignidade, de despreparo, de inadequação - sentir-se totalmente desqualificado para tão doce chamada. Sinto-me assim.
Mas vem Jesus e diz: quero te dar mais que uns poucos peixes - serás pescador de homens. Jesus ateia em nós uma chama inextinguível.
Quem pode resistir as suas doces Palavras. E quem quer?
Como Jeremias , Se eu disser: Não farei menção dele, e não falarei mais no seu nome, então há no meu coração um como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou fatigado de contê-lo, e não posso mais. Jr 20:9
Como Davi: Com silêncio fiquei qual um mudo; calava-me mesmo acerca do bem; mas a minha dor se agravou. Escandesceu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava acendeu-se o fogo; ... Sl 39:2-3
Como Paulo: Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! 1 Co 9:16
Jesus chegou de mansinho, fez que só ia passar por minha vida, mas me fez um convite irresistível - acendeu o fogo em mim. Já fazem mais de vinte e cinco anos e a sarça ainda arde.
domingo, 11 de junho de 2006
Mau uso e abuso de Autoridade
O centurião de Cafarnaum entendia princípios de autoridade:
Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. (Mat 8:9)
O centurião entendia que estando sob a autoridade do governo romano, possuía, portanto a autoridade do exército romano para ordenar o que fosse necessário.
Ele compreendia que Jesus estava sujeito a autoridade de Deus Pai. Por isso poderia ordenar uma cura, algo sobrenatural, e a natureza, obediente a voz do Criador, cumpriria o seu mandato.
Davi também entendia de princípios de autoridade.
Então tomou Saul três mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, e foi em busca de Davi e dos seus homens, até sobre as penhas das cabras montesas. E chegou no caminho a uns currais de ovelhas, onde havia uma caverna; e Saul entrou nela para aliviar o ventre. Ora Davi e os seus homens estavam sentados na parte interior da caverna. Então os homens de Davi lhe disseram: Eis aqui o dia do qual o Senhor te disse: Eis que entrego o teu inimigo nas tuas mãos; far-lhe-ás como parecer bem aos teus olhos. Então Davi se levantou, e de mansinho cortou a orla do manto de Saul. Sucedeu, porém, que depois doeu o coração de Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul. E disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor. com essas palavras Davi conteve os seio chegando para se permitiu que se levantassem contra Saul. E Saul se levantou da caverna, e prosseguiu o seu caminho. Depois também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou por detrás de Saul, dizendo: ó rei, meu senhor! Quando Saul olhou para trás, Davi se inclinou com o rosto em terra e lhe fez reverência. Então disse Davi a Saul: por que dás ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? Eis que os teus olhos acabam de ver que o Senhor hoje te pôs em minhas mãos nesta caverna; e alguns disseram que eu te matasse, porém a minha mão te poupou; pois eu disse: Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor. Olha, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão, pois cortando-te eu a orla do manto, não te matei. Considera e vê que não há na minha mão nem mal nem transgressão alguma, e que não pequei contra ti, ainda que tu andes à caça da minha vida para ma tirares. Julgue o Senhor entre mim e ti, e vingue-me o Senhor de ti; a minha mão, porém, não será contra ti. Como diz o provérbio dos antigos: Dos ímpios procede a impiedade. A minha mão, porém, não será contra ti. Após quem saiu o rei de Israel? a quem persegues tu? A um cão morto, a uma pulga! Seja, pois, o Senhor juiz, e julgue entre mim e ti; e veja, e advogue a minha causa, e me livre da tua mão. (1Sa 24:2-15)
Na Igreja hoje, muitos têm usado corretamente estas passagens, ensinando princípios de autoridade, obediência e submissão.
O outro lado da moeda, assunto que quero abordar hoje é o abuso de autoridade.
Por exemplo:
3Jo 1:9-10 Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ter entre eles a primazia, não nos recebe. (10) Pelo que, se eu aí for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, ele não somente deixa de receber os irmãos, mas aos que os querem receber ele proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja.
O apóstolo João, o apóstolo do amor, aquele que escreveu o Evangelho que leva o seu nome (segundo João), que recebeu a revelação de Jesus Cristo registrada no livro de Apocalipse, aquele que abraçava Jesus esse mesmo não era recebido pelo Pastor da Igreja, Diótrefes.
Além disso, Diótrefes expulsava da Igreja os que se associavam com João.
Isto se chama ABUSO DE AUTORIDADE
Paulo escreve:
E até importa que haja entre vós facções, para que os aprovados se tornem manifestos entre vós. (1Co 11:19)
É necessário, é esperado; há razões por que deve haver divisões. Estas razões são diferenciar os aprovados dos desaprovados.
Paulo ainda diz:
2Co 11:19-20 Porque, sendo vós sensatos, de boa mente tolerais os insensatos. (20) Pois se alguém vos escraviza, se alguém vos devora, se alguém vos defrauda, se alguém se ensoberbece, se alguém vos fere no rosto, vós o suportais.
O que Paulo está questionando à Igreja de Corinto, é como, eles sendo tão sábios, permitiam que pessoas os defraudassem continuamente, subjugando-os em um tipo de assédio espiritual, devorando-os, defraudando-os, isto é, prejudicando-os, aproveitando-se deles, repreendendo-os com orgulho, autoritarismo e não autoridade espiritual.
O fato é que muitos pretensos líderes exercem não uma liderança espiritual mas sim uma liderança humana, mistura de administração de empresas com personalismo, caudilhismo, coronelismo, pintado de aparência espiritual. São administradores eclesiásticos, não pastores. Consideram a igreja sua propriedade, pois registraram o CGC e não por chamado de Deus.
O legalismo é uma plataforma poderosa para esse tipo de liderança, pois o zelo legalista cria um certo temor sobre a igreja, obrigando-a a todo tipo de acrobacia pseudo-espiritual para agradar os pastores legalistas.
Eles vos procuram zelosamente não com bons motivos, mas querem vos excluir, para que zelosamente os procureis a eles. Gl 4:17
Eles têm zelo por vós, não como convém; mas querem excluir-vos, para que vós tenhais zelo por eles. Gl 4:17 (ARC)
Desse modo, patrocinando o legalismo, os maus obreiros mantém o rebanho continuamente preocupado e dependente emocionalmente.
Além disso, o legalismo é uma forma de farisaísmo que estimula a aparência externa em detrimento da verdadeira espiritualidade.
Gl 6:12 Todos os que querem ostentar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.
Paulo nos diz que não precisamos obedecer a esse tipo de mandamento, pois é carnal:
Col 2:18-22 Ninguém atue como árbitro contra vós, afetando humildade ou culto aos anjos, firmando-se em coisas que tenha visto, inchado vãmente pelo seu entendimento carnal, (19) e não retendo a Cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo com o aumento concedido por Deus. (20) Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, (21) tais como: não toques, não proves, não manuseies (22) (as quais coisas todas hão de perecer pelo uso), segundo os preceitos e doutrinas dos homens?
Davi nunca desrespeitou Saul, nunca tocou no ungido do Senhor, mas não se manteve sob suas ameaças. Fugiu da sua presença para poder viver.
Nenhum crente é obrigado a se submeter a ordens abusivas. Você não é obrigado a obedecer tudo. Há limites para a autoridade para cada autoridade.
Uma vez meu Pastor me mandou mentir me ordenou que me identificasse como Pastor (eu era um simples obreiro) para ganhar uma votação numa reunião de pastores em Campinas.
Quando vi o que ele pretendia não participei da reunião.
Vi muitos presbíteros receberem carteiras falsas de evangelistas para poderem votar na reunião da Convenção Geral nos interesses de sua facção (só pastores e evangelistas tinham direito a voto).
Isso se chama pecado.
A mesma igreja proibia os jovens de jogar futebol.
Jesus, nosso Salvador fala claramente sobre o assunto:
Mat 23:24-28 Guias cegos! que coais um mosquito, e engulis um camelo. (25) Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. (26) Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo. (27) Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia. (28) Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Irmãos, vamos viver para Cristo e não para agradar os homens.
Ser crente brasileiro e suas implicações
- Ilha de Vera Cruz,
- Terra de Santa Cruz,
- Brasil.
O último nome devido a existir na época grande quantidade de uma árvore de madeira cor de brasa, que tinha diversas aplicações para a época, inclusive como corante de tecidos. O pau Brasil, Ceasalpinea echinata, familia Caeasapinaecea, foi à árvore que deu nome ao Brasil e também o primeiro vegetal explorado de forma biopirata do nosso País, já que saia praticamente de graça e/ou a base de troca por quinquilharias com os indígenas que habitavam a região de sua ocorrência natural.
Todos nós aprendemos sobre isso na escola, a origem do nome Brasil.
Chamo a atenção para o fato de que na Bíblia, as pessoas costumavam ser chamadas pela primeira impressão que davam ou pelo que pareciam ou seriam, tais como Abrão e Abraão (Pai elevado e Pai de uma Multidão), Edom (vermelho), Jacó (suplantador), Israel (aquele que luta com Deus ou príncipe de Deus), etc.
Quando fomos descobertos por Portugal, quando recebemos um nome, também recebemos uma vocação profética.
Ilha de Vera Cruz isto é, Ilha da verdadeira cruz não é verdade que estamos dispostos a levar a cruz até por uma coroa a trocar
Terra de Santa Cruz é fato sentimos o desejo de uma vida de santidade aos pés da cruz.
Brasil cor de brasa também é verdade tirados do fogo para tocar o mundo com o Evangelho. Quando Deus pergunta, a Igreja brasileira responde: Eis-me aqui, envia-me a mim.
Embora muitas vezes não nos demos conta disso, vivemos um vigoroso avivamento.
Temos muitos problemas é verdade, mas milhões de pessoas se convertem a Evangelho, milhares de Igrejas são implantadas a cada ano, centenas de milhares de ministros são chamados por Deus.
Isso é bom.
Tem seu lado ruim. É difícil manter a casa limpa no meio de uma reforma ou construção. Vivemos no meio desse conflito de querer a casa limpa e a construção ainda não estar pronta. Quem já reformou a casa sabe do que estou falando.
Somos como os crentes de Antioquia. Somos missionários e nem sabemos.
At 11:20-21 Havia, porém, entre eles alguns cíprios e cirenenses, os quais, entrando em Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. (21) E a mão do Senhor era com eles, e grande número creu e se converteu ao Senhor.
Foram os crentes de Antioquia que primeiro pregaram aos gregos.
A Igreja brasileira está evangelizando o mundo, não de uma forma muito organizada, é verdade tudo sai no jeitinho a conhecida flexibilidade brasileira.
O Evangelho supostamente se espalhou pela perseguição em Jerusalém. Nós também nos espalhamos supostamente pelas dificuldades econômicas do Brasil, a violência, o desemprego.
e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação; (At 17:26)
Mas na realidade Deus nos criou como nação, para abençoar o mundo com o Evangelho.
Temos todas as raças de homens Deus já criou as condições para que soubéssemos viver em harmonia racial, em tolerância. Fomos ensinados a isso.
Deus estabeleceu nossos limites geográficos e o que era para ser delimitado pelo Tratado de Tordesilhas, pela curiosidade e espírito conquistador (manifesto nas Bandeiras aquelas excursões dos paulistas à busca de ouro, esmeraldas, etc), se expandiu, alcançando novos limites.
Não podemos fazer o que fizeram nossos antepassados ou predecessores no Brasil: trocar nossa riqueza por quinquilharias.
O Brasil quase perdeu o pau-brasil, símbolo de sua identidade.
A Igreja brasileira tem muito a oferecer.
Somos desorganizados, mas somos dinâmicos e espontâneos.
O brasileiro é bem quisto em todas as partes do mundo, se adapta bem a todas as culturas, é alegre e descontraído, vive um evangelho prático.
E está pregando por aí, mundo afora, sem salário da Igreja ou missão, sem apoio, financeiro, apenas por chamada de Deus, por vocação profética.
A ADHONEP veio para o Brasil e explodiu. A Jocum, idem, Casados para Sempre e Veredas Antigas também.
Já dizia Pero Vaz de Caminha:
Até agora não pudemos ver se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muitos bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora assim os achávamos como os de lá. (As águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!"
Mas com tantas coisas boas, em algumas coisas precisamos melhorar:
Precisamos, como Igrejas organizadas patrocinar missões:
O missionário brasileiro vive quase sempre em grandes apertos financeiros.
Paulo ficaria espantado. Somos um exército que envia soldados (ou não os envia eles vão) à guerra às suas próprias custas.
Não é isso o que advoga a Palavra de Deus:
Não temos nós direito de comer e de beber? Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou será que só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? (1Co 9:4-7)
Para dizer a verdade são poucos os pastores que vivem do ministério o que também é um erro.
Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que servem ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. (1Co 9:13-14)
Há muitos anos, de inúmeras formas, uma profecia tem corrido o país, e se reproduzido por meio de muitos profetas de Deus:
O Brasil é um celeiro de missionários
Fomos chamados a isso. Façamos do Brasil, pátria amada, mas outra é nossa pátria, a celestial.
Não façamos do Brasil uma pátria idolatrada.
Saiamos do nosso arraial, das nossas Igrejas quentinhas como um braseiro e vamos tocar o mundo e purifica-lo pelo Evangelho.
Cumpramos nosso chamado e vocação profética.
O trecho a seguir resume tudo o que foi dito:
Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu opróbrio. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura. (Heb 13:12-14)
Sal da Terra
Jesus mesmo nos chamou de sal da terra. Não foi uma idéia que tivemos de nós mesmos.
E pensamos no sal marinho, puro, branco, capaz de conservar os alimentos e que dá sabor.
Mas apesar da boa idéia que fazemos de nós mesmos há uma interpretação errônea deste texto.
O sal na região da Terra Prometida não era branco e puro como o sal marinho que estamos tão acostumados.
Era literalmente um sal da terra, extraído do solo, misturado com outras substâncias minerais ou orgânicas.
Mas ainda assim ele temperava o alimento, dando-lhe sabor, conservando-o.
Somos assim. Somos diferentes, mas não tão puros ou limpos (senão aos olhos graciosos de Deus, mediante a justiça de Cristo que nos foi imputada mediante a fé) como o sal de cozinha.
Somos sal da terra. Levamos em nosso bojo certas impurezas, certas substâncias do solo de onde fomos arrancados.
Como Igreja Brasileira no exterior levamos o tempero não apenas do sal, mas o tempero da cultura brasileira.
O cidadão europeu que conosco congrega certamente gosta de sal. No mundo todo se gosta de sal.
Mas nem todos gostam do tempero da cultura brasileira.
Talvez precisemos fazer à semelhança dos restaurantes de comida chinesa que jamais conseguiriam vender no Ocidente a autêntica comida chinesa, mas a ocidentalizaram, a adaptaram ao paladar ocidental.
Podemos fazer como Paulo:
Pois, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos para ganhar o maior número possível: Fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse eu debaixo da lei (embora debaixo da lei não esteja), para ganhar os que estão debaixo da lei; para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me co-participante. (1 Co 9:19-23)
Podemos ser como alemães entre alemães e como portugueses entre portugueses e como dinamarqueses entre dinamarqueses.
Mas não podemos perder o sal. O sal é o Evangelho. É ele que noz faz diferentes e preciosos e úteis ao Reino de Deus.
As pessoas podem apreciar outros temperos mas jamais desprezarão o sal.
Você pode até olhar para uma mesa, cuidadosamente preparada, com pratos magníficos, com aroma espetacular. Mas se ao levar a boca estiver sem sal, todo aquele preparo e alimento se torna desprezível.
No caldo de uma cultura estrangeira, subjugados por um modo de vida tão diferente. Vivendo no alto padrão de vida da Europa ocidental, o crente brasileiro no exterior pode até perder suas raízes culturais. Pode se esquecer de muitas coisas e perder muitas coisas, mas não pode perder sua fé em Deus - não pode perder o sal.
Quando hoje olhamos para a rico e endurecido continente europeu, berço da Reforma não podemos deixar de sentir pena:
Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; (Ap 3:17)
Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas. (Jr 2:13)
Que Deus nos guarde. Que nós possamos ser realmente sal que salgue, não perca o sabor e luz para um mundo em trevas.
A Europa se esqueceu de Deus e vamos buscá-la como à ovelha perdida. Que não nos esqueçamos também do Senhor.
Deus abençoe
domingo, 1 de janeiro de 2006
Agendamento de Palestras ou Cursos
Fomos chamados por Deus, eu e minha esposa para um ministério de pregação e ensino da sua Palavra.
Ja realizamos esse trabalho ha muito tempo, inicialmente nas Igrejas em que fomos membros, mais tarde em jantares e seminarios da Adhonep e posteriormente com os cursos da Universidade da Familia e nossas proprias palestras e cursos para a familia, além de convites para pregar em diversas Igrejas.
Frequentemente igrejas nos procuram e procuramos atender conforme nossas possibilidades de agenda e pessoais.
Pedimos aos amados irmãos que desejarem nos convidar para ministrar a Palavra do Senhor em suas igrejas que atentem para o seguinte:
- Seria bom que o convite fosse ser feito com a devida antecedência. Às vezes, é possível fazer agendamentos em cima da hora, mas isso é exceção, e não regra.
- Para que estejamos em algum evento é necessário considerar o transporte. Moramos atualmente na Alemanha. Na medida do possível viajamos de trem na Alemanha, mesmo porque nao temos carro e embora o trem seja bem rapido as vezes perdemos tempo nas baldeacoes. Isso precisa ser considerado. Precisamos as vezes que os irmaos nos peguem na Estacao de Trem a fim de chegarmos ao lugar do evento ou ao lugar em que ficaremos hospedados.
- Em caso de permanência na cidade por mais de um dia, pedimos que a direção da igreja providencie hospedagem na casa de algum irmao ou em hotel, uma vez que precisamos de um lugar reservado e tranquilo a fim de que possamos buscar a Deus, meditar em sua Palavra, repousar, etc. Isso não é uma exigência, mas uma necessidade de quem é convidado para ministrar a Palavra do Senhor. Gostamos de conversar e trocar experiencias com os irmaos e as vezes isso se prolonga até tarde da noite. As vezes é indelicado interromper os nossos hospedeiros. Mas em certas situacoes quando os cursos sao intensivos e portanto cansativos isso nao é conveniente.
- Não cobramos para pregar ou ensinar, o nosso trabalho é voluntário, mas aceitamos uma oferta conforme a Igreja propuser em seu coracao. (1 Co 9.9-18). Se a Igreja nao puder ofertar isso tambem nao é impedimento. Queremos servir.
- Os cursos da Universidade da Familia e MMI porem, tem, é claro, um custo (apostilas), e a UDF e MMI dependem desses recursos para sua manutencao. Nesse caso, as taxas de inscricao e ofertas serao repassadas para essas entidades.
Para obter maiores informações, favor enviar um e-mail para familia.braganca@gmail.com ou ligar para +49 (0) 7245 915 8086.
No amor de Cristo,
Mario e Wania Braganca